sábado, 27 de março de 2010

 Seja tédio ou carência afetiva, a maioria dos meus brinquedos estragaram.
É como se o futuro, ou nem ao menos o presente existisse.
E eu preciso de mais de uma dose de fé.
E eu preciso de mais alguma coisa, a qual desconheço.
Me faltam sonhos, cores, vida...
Quando acho que é dela que preciso, eu penso bem, creio que nesse momento o que eu mais necessito é de um pouco mais de mim mesmo.
Eu estou parado nesse inverno, sem frio, enquanto as estações modificam-se.
Não importa o temporal que faça, se o sol está a oscilar ou se o dia está cinzento, o meu silêncio é vago, e eu por mais que exite não consigo disfarçar, tudo o que sinto está em meu olhar.
Este mesmo silêncio que está escondido nessas confusões, orgulhos e distrações me arrastam para essas situações dramatizantes.
E por mais que me falte o calor, o frio está ausente porque estou ardendo.
Ardendo em minhas decepções que parecem intermediáveis, mas sempre (ou quase) se esvainecem nessa imensidão de sentimentos submissíveis que retraio engulindo pouco a pouco como doses de veneno letal, as melhores coisas existentes em mim, emitindo tudo em silêncio.

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